Assinado protocolo para ações de prevenção de acidentes


Brasília/DF - O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, assinou no dia 8 de setembro protocolo de cooperação técnica, na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.

O documento tem como objetivo implementar programas e ações nacionais voltadas à prevenção de acidentes de trabalho e ao fortalecimento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.

O procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, falou que o MPT vai atuar cotidianamente no sentido de zelar pelo que está previsto no protocolo e citou as ações já realizadas por meio da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (CODEMAT), como, por exemplo, o Programa Nacional de Acompanhamento de Obras na Construção Civil Pesada. "Temos um país em franco crescimento econômico, com grandes oportunidades de trabalho e é o que queremos. Só não podemos deixar que esses avanços continuem às custas dos riscos e prejuízos causados aos trabalhadores brasileiros."

O ministro João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), falou sobre a necessidade de políticas públicas permanentes em defesa do meio ambiente, da segurança e da saúde no trabalho, fortalecendo o diálogo social. "É o momento de conjunção de esforços capazes de evitar novas vítimas. O programa trabalha em prol da vida e da dignidade da pessoa humana."

Segundo dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, em 2001 ocorreram no país cerca de 340 mil acidentes de trabalho. Em 2007, o número subiu para 653 mil e, em 2009, chegou a preocupantes 723 mil ocorrências, dentre as quais foram registrados 2.496 óbitos. Ou seja, são quase sete mortes por dia em virtude de acidente de trabalho.

Assinaram o protocolo o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Saúde (MS), Ministério da Previdência Social e a Advocacia-Geral da União (AGU).

Foto: Divulgação/MPT
Fonte: Revista Proteção

Poluição sonora é negligenciada e ultrapassa níveis permitidos


Poluição sonora e sono
Até 45% dos pontos de medição detectaram um ruído até 15 decibéis (dB) acima do ideal na cidade de São Paulo.

A poluição sonora possui comprovadamente efeitos sobre o sono.

Segundo a OMS Organização Mundial de Saúde (OMS) a exposição a elevados níveis de ruído pode desencadear problemas no sistema cardiovascular, psicológico, redução de desempenho e alterações no comportamento social, além dos problemas de audição e estresse.

"Causa espanto saber que outros tipos de poluição recebem uma série de cuidados para sua diminuição ou controle (como a poluição da água, do solo e a poluição visual), mas nada se fez até agora para diminuir a polução sonora, não há um grande cuidado e nem muitos estudos sobre o assunto na cidade de São Paulo", explica o geógrafo Thiago Shoegima, da USP, autor da pesquisa.

Barulho de veículos

Shoegima realizou três medições diferentes em 40 pontos distribuídos na região. Segundo ele, Pinheiros foi escolhido por ser uma das áreas centrais da cidade e por ser uma das principais regiões que estão dentro da mancha urbana de São Paulo.

A primeira coleta foi realizada no primeiro semestre de 2010 e foi a que demonstrou pior situação: 45% dos pontos estavam com mais de 15dB acima do aceitável, e apenas 2,5% deles estava dentro dos limites estabelecidos.

No segundo e no terceiro levantamento, realizados no primeiro semestre de 2011, o quadro era menos grave: apenas 20% dos lugares apresentavam ruído urbano superior ao permitido. E destes, em 42% dos casos o excesso ficava entre 1dB e 5dB.

O geógrafo credita essa redução à Lei que restringiu o tráfego de caminhões na área e ao programa Controlar (Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso), que visa diminuir a poluição do ar.

O pesquisador diz que a principal causa do excesso de ruído na região é o tráfego de veículos, e enfatiza que o número de reclamações recebidas pelo Programa de Silêncio Urbano da Prefeitura de São Paulo (PSIU) não acompanhou a diminuição da poluição sonora no período.


Os impactos do excesso de ruídos sobre a saúde humana. [Imagem: Thiago França Shoegima]


Poluição sonora negligenciada

Ele diz que os fatores que causaram a redução observada nas medições não foram feitos para esse fim, mas o realizaram como uma consequência de seu objetivo principal. "Não há ações direcionadas especificamente para a redução da poluição sonora e nem investimentos no controle da mesma", completa.

O geógrafo considera ser necessário alertar a população do perigo a que ela está exposta, até porque há a probabilidade de que estes resultados não se limitem à região de Pinheiros, mas a toda a área essencialmente urbana da cidade.

Shoegima teve que adquirir por conta própria o equipamento de medição porque a prefeitura não possui um, o que foi mais uma surpresa para ele

Conectividade transforma saúde mental em foco da ergonomia

Estar permanentemente conectado ao trabalho pelo uso de dispositivos móveis, como notebooks e smartphones, torna a cada dia mais difícil separar a jornada de trabalho do restante dos momentos que deveriam ser de descanso e, consequentemente, aumenta os níveis de estresse. Mostrar a necessidade de ter tempo livre e reeducar as pessoas e as empresas para que façam uso da tecnologia de uma forma mais saudável são os novos desafios da ergonomia.

A avaliação foi feita pelo auditor fiscal do trabalho Paulo Antônio de Oliveira, da Superintendência Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (SRTE-RS), durante sua palestra no seminário Gestão Integrada em Segurança e Saúde no Trabalho: Foco em Ergonomia, promovido na quinta-feira pelo Sesi, em parceria com a Abicalçados. "Os problemas de contaminação ou de lesões já foram, de certa forma, superados. O foco agora se volta para a saúde mental dos trabalhadores, pois é cada vez mais difícil controlar o tempo real de trabalho. Quando a empresa dá um notebook, um celular e um endereço de e-mail para o funcionário, é como se dissesse ‘agora tua vida é minha'".

Oliveira afirma que a concessão de benefícios pela Previdência Social ilustra bem o quadro já que, excetuados os casos de acidente e de convalescença pós-cirúrgica, 92% dos pedidos são referentes a doenças do trabalho, que incluem sofrimento mental e lesões ósseo-musculares.

A popularização dos notebooks nos ambientes de trabalho também tem representado um retrocesso, na avaliação do especialista. Ele explica que os computadores portáteis repetem o esquema dos primeiros modelos de desktop, dos anos 1980, que tinham em um único volume o monitor, o teclado e a CPU. Fixas as partes, é impossível adaptar as distâncias necessárias ao conforto visual.

Oliveira explicou que o princípio da ergonomia é fazer com que o trabalho e as máquinas se adaptem ao homem, e não o contrário. Por isso, é preciso que as empresas proporcionem o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente - conceitos cristalizados na norma técnica NR17.

"Existem teses acadêmicas que mostram que quem trabalha descansado produz mais, e pausas ao longo da jornada aumentam a produtividade em 10%", afirmou, ao comemorar que o Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde frigoríficos incluem períodos de descanso de forma voluntária.


Fonte: Jornal do Comércio



CONNAPA NA CONARH ABRH 2011

15 a 17 de agosto

Transamérica Expo Center – São Paulo
Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro

Consolidado como maior e mais importante evento de Gestão de Pessoas da América Latina e segundo do mundo, o CONARH ABRH tem como objetivo disseminar conhecimento sobre o mundo do trabalho, desenvolver pessoas e organizações e influenciar na melhoria da condição social, política e econômica do país.
O congresso promove a interação dos mais de 3 mil participantes em palestras, oficinas, painéis e talk shows, entre outras atividades. Já na feira de negócios, cerca de 18 mil visitantes podem conferir, na área de exposição e nos espaços especiais, as novidades e tendências apresentadas por mais de100 organizações participantes